Mostrar mensagens com a etiqueta S. Miguel. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta S. Miguel. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

"Itinerário Organístico" - visita de estudo aos órgãos de Ponta Delgada

 Os alunos da Classe de Órgão da professora Cristiana Spadaro do Conservatório Regional de Ponta Delgada (ilha de São Miguel) realizaram, no passado mês de Novembro, um projecto intitulado "Itinerário Organístico" que teve o objectivo de dar a conhecer aos alunos o funcionamento, as características e a existência de órgãos históricos característicos na cidade de Ponta Delgada.


Fonte:
- Cristiana Spadaro

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Francisco Ferreira Drummond

1796 - Vila de São Sebastião (Terceira); 1858 - Vila de São Sebastião (Terceira)


Francisco Ferreira Drummond (21 de Janeiro 1796 - 11 de Setembro 1858) foi um talento plurifacetado: historiógrafo autor dos Anais da Ilha Terceira, paleógrafo, músico, organeiro e político com grande actividade cívica na vila de São Sebastião, ilha Terceira, Açores. O seu trabalho histórico publicado ocupa um lugar cimeiro na historiografia açoriana, sendo a base de boa parte das obras sobre a história dos Açores, em particular sobre a história da ilha.


Primeiros Anos

Nasceu numa pequena casa da Rua da Igreja da Vila de S. Sebastião, a 21 de Janeiro de 1796, tendo sido baptizado na respectiva Matriz em 27 desse mesmo mês, e faleceu na sua casa da Travessa da Misericórdia, em 11 de Setembro de 1858, contando assim 63 anos incompletos de idade.

Foram seus pais Tomé Ferreira Drumond, lavrador abastado, e D. Rita de Cássia, ambos residentes e baptizados também na referida Matriz, e pertencentes à principal nobreza local.

Desde os mais verdes anos, revelou decidida vocação para as letras e cultura musical. Habilitado com a instrução primária, estudou seguidamente as disciplinas que então constituíam objecto do ensino da mocidade, isto é, o latim, a lógica e a retórica. Muito estudioso, procurou constantemente aumentar a sua instrução, assim literária como artística, o que lhe foi facilitado em grande parte pelo meio familiar em que viveu.

Criada a escola de primeiras letras nesta Vila, por alvará de 6 de Março de 1782, fora nela provido o professor Sebastião Ferreira Drumond, ao qual sucedeu seu irmão Francisco Machado Drumond, que, nomeado por provisão de 23 de Janeiro de 1786, desempenhou ininterruptamente as respectivas funções durante 30 anos, sendo sempre considerado não só como notável professor, como também cidadão de grandes virtudes cívicas e religiosas. Foi este conceituado mestre régio - tio paterno de Francisco Ferreira Drumond - homem abastado e generoso, que viveu no estado de solteiro, o mentor e protector de toda a família a que pertencia

Nesta Vila houve então, além da aludida aula de primeiras letras, unia cadeira de gramática latina, de que foi primeiro professor P. António Miguel da Silveira, nomeado em 15 de Junho de 1783, tendo-lhe sucedido no cargo o P. António José Rijas, até ao ano de 1824, em que foi extinta essa cadeira.

Foi, contudo, o erudito P. José Ferreira Drumond, seu primo e padrinho, também hábil organista, que maior influência exerceu na formação espiritual do nosso homenageado, de quem foi o primeiro mestre. Além deste, teve como mestre do órgão Fr. António de Pádua, que mais de 40 anos foi vigário do coro no convento de S. Francisco de Angra.

Mercê, assim, de uma sólida preparação literária e musical e persistente estudo dos principais autores portugueses e latinos, não obstante viver neste deveras acanhado meio, foi considerado bom latinista e exímio organista.

Desde muito novo, simultaneamente, manifestou decidida vocação para as investigações históricas em que mais tarde, sobretudo, se havia de notabilizar.


Percurso cívico

Iniciou Francisco Ferreira Drumond a sua vida pública como organista da Matriz da Vila da Praia, cargo para que foi nomeado em 1811, contando apenas 15 anos de idade, e exerceu durante 47 anos, até ao seu falecimento. Nessa época, aquela arte, em que foi exímio, era muito apreciada, deveras contribuindo para o excepcional esplendor que começou a atingir nesta ilha a música sacra, especialmente sob a influência do Bispo da Diocese D. José Pegado de Azevedo (1802-1812), que foi grande amador de música.

Músico por vocação, Francisco Ferreira Drumond, dispondo de profundos conhecimentos, assim práticos como teóricos, e não só como organista mas ainda de organeiro, a ele se recorria nesta ilha confiadamente sempre que dos respectivos serviços se carecia. Na casa da sua residência, tinha cravo e manicórdio, em que sempre se exercitava até os últimos anos de vida.

Foi no seu tempo, isto é, em 1855, que apareceu, pela primeira vez nesta ilha, numa festividade realizada na Igreja de N. S. da Conceição de Angra, um novo instrumento musical para substituir o órgão - o Harmónio ou órgão expressivo, que causou grande sucesso, pela energia e docilidade dos seus sons. E, logo no ano imediato, tendo a Misericórdia da Vila da Praia mandado vir do continente um desses instrumentos para a sua igreja, Ferreira Drumond a ele se consagrou, enaltecendo, em escrito público, o seu emprego.

Para além do cargo de organista da Matriz da Praia, desempenhou em S. Sebastião os cargos de escrivão da Câmara Municipal, escrivão dos órfãos, secretário da Administração do Concelho, e tabelião. Em 1836 foi eleito Presidente da referida Câmara, tendo desempenhado essas funções até 1839. Nesse ano foi eleito Procurador à Junta Geral. Exerceu durante vários anos o cargo de Provedor da Santa Casa da Misericórdia.

Distinguiu-se na luta contra a extinção do concelho de S. Sebastião, extinção que, em boa parte graças à actividade de Ferreira Drumond, apesar de decretada em 24 de Outubro de 1855, apenas se consumou em 1 de Abril de 1870. Algumas das mais importantes obras da antiga Câmara de S. Sebastião foram iniciativa sua, nomeadamente a captação das nascentes do Cabrito e o seu aproveitamento para moagem, naquela época a maior obra hidráulica da Terceira e uma das maiores dos Açores.

Francisco Ferreira Drumond foi homenageado em 1951 com um pequeno monumento localizado no Rossio, Vila de S. Sebastião. A casa em que viveu foi recentemente adquirida pela Santa Casa da Misericórdia local, estando para breve previsto o seu restauro e transformação em biblioteca associada da rede de leitura pública.


Acção política

Ferreira Drumond cedo aderiu à causa liberal, tendo sido eleito pelo novo sistema constitucional, em 1822, secretário da Câmara Municipal de S. Sebastião. Tal eleição valeu-lhe grandes dissabores, tendo, para escapar às perseguições dos absolutistas, fugido da Terceira, durante a noite, numa embarcação que o levou à ilha de Santa Maria, de onde passou a Ponta Delgada, dali partindo, com passagem pela Madeira, para Lisboa. Depois de um ano de exílio voltou à Terceira, tendo participado activamente em todo o desenrolar da guerra civil nesta ilha (que depois tão bem descreveu nos seus Anais da Ilha Terceira).


Obras publicadas

Foi autor, para além de muitos artigos dispersos na imprensa da época, das seguintes obras publicadas:

•Memória Histórica da Capitania da Praia da Vitória — editado pela Câmara Municipal da Praia da Vitória em 1846, 56 pp., Praia da Vitória. A obra foi reeditada inserta na colectânea Memória Histórica do Horrível Terramoto de 15.VI.1841 que Assolou a Vila da Praia da Vitória, edição da Câmara Municipal da Praia da Vitória, 1983.

•Anais da Ilha Terceira — obra escrita segundo o critério cronológico típico dos Anais, cobrindo o período desde a descoberta e povoamento da ilha até 1850. Foi oferecida à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, que a editou em 4 volumes, contendo 1420 páginas de texto e 510 de documentos. O volume I foi publicado em 1850; o vol. II em 1856; o III em 1859; e o IV, póstumo, em 1864. Reeditado, em fac-símile da edição original, pela Secretaria Regional da Educação e Cultura, Angra do Heroísmo, 1981.

•Apontamentos Topográficos, Políticos, Civis e Eclesiásticos, para a História das Nove Ilhas dos Açores — obra inacabada deixada em manuscrito. Após um conturbado percurso, a obra foi editada em 1990 pelo Instituto Histórico da Ilha Terceira, Angra do Heroísmo, 648 pp.



Órgãos Construídos - ?


Intervenções de Restauro - ?



Fontes:
- Cruzado
- Página Pessoal de Cipriano Martins

Segréis de Lisboa com concertos em Ponta Delgada e Angra do Heroísmo


12 - 06 - 2009

A Arte na Variação do Renascimento ao Maneirismo é o tema dos dois concertos que o grupo Segréis de Lisboa realiza esta semana em Ponta Delgada e em Angra do Heroísmo.

Em S. Miguel, o concerto decorre hoje, pelas 21 horas, na Igreja do Carmo, enquanto na Terceira o mesmo terá como palco a Igreja da Misericórdia, amanhã, a partir das 18 horas.

Esta iniciativa integra-se no Ciclo de Órgãos Ibéricos dos Açores, uma das componentes da Temporada MusicAtlântico, que decorre de Março até Dezembro no arquipélago numa organização da Direcção Regional da Cultura da Presidência do Governo.

São intérpretes nestes concertos João Vaz (órgão), Pedro Couto Soares (flauta), Ana Leonor Pereira (soprano) e Manuel Morais (viola dedilhada e direcção).

Fundado em 1972 pelo alaúdista e musicólogo Manuel Morais, o grupo Segréis de Lisboa é composto por uma formação variável de cantores e instrumentistas, tendo como principal objectivo contribuir para o ressurgimento da música portuguesa e espanhola dos séculos XV ao XVIII.

O grupo já realizou concertos por toda a Europa, Estados Unidos, Brasil, Extremo Oriente, Índia e Bolívia, sempre com grande sucesso junto do público e da crítica, tendo merecido mesmo referências elogiosas do prestigiado New York Times, na sua edição de11 de Junho de 1990.

Gravou para as etiquetas EMI/Valentim de Carvalho, Movieplay, Philips e Portugaler, tendo-lhe sido atribuído um Choc na Revista Le Monde de la Musique (n.º 201, Julho-Agosto de 1996).

Agraciados em 1991 com a Medalha de Mérito Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, os Segréis de Lisboa são o agrupamento português mais antigo que se dedica, profissionalmente, à recuperação e divulgação da Música Antiga Ibérica.

Autor/Fonte: GaCS/FG/DRaC


Notícia extraída de:

- Acores9

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Cristiana Spadaro


De origem italiana, completou os seus estudos musicais no Conservatório "G. Tartini" de Trieste, diplomando-se em 1993. Em 1994 estudou Cravo no mesmo Conservatório com o professor G. Cerasoli. No mesmo ano aperfeiçoou-se em Órgão no Conservatório Superior de Genebra com o M.º L. Rogg obtendo o Prémio de Virtuosidade. Em 1995 estudou Composição e Direcção de Coro com os professores S. Sacher e A. Martinolli. No ano 2000 obteve a Licenciatura em Órgão pela Universidade de Aveiro.

Frequentou cursos de aperfeiçoamento ao Órgão na Academia de Música Antiga em Pistola com os professores J. L. Uriol, L. F. Tagliavini, H. Vogel, J. Van Oortmerssen. Frequentou também cursos de aperfeiçoamento na Suíça com os professores M. Radulescu, L. Rogg, F. Delor.

Frequentou o Curso Superior de Cravo na Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação da Prof.ª C. Rosado Fernandes. Em 2001 obteve uma bolsa de estudo para aperfeiçoamento em Órgão na Academia de Música Antiga em Daroca (Espanha), e frequentou em Lisboa o Seminário de Baixo-contínuo do professor M. Magalhães. Ainda em 2001 foi convidada pela Universidade de Aveiro para actuar no concerto de homenagem a Rheinberger, acompanhada pela Orquestra das Beiras, e no III Ciclo de Música Antiga para Órgão de Matosinhos.

Em 2003 tocou no âmbito da Temporada organizada pela Associação "ProOrgano" de Aveiro, no Auditório da Universidade da mesma cidade. Apresentou-se também em diversos concertos na qualidade de regente, dirigindo o Coro da Igreja de S. Sérgio em Trieste, o grupo instrumental e vocal Gruppo Incontro de Trieste, o Coro Feminino, o Coro Misto e Juvenil do Conservatório Regional de Ponta Delgada e a Orquestra de Ponta Delgada.

Gravou um CD com obras inéditas de F. Spongia com a Nova Academia de Trieste e os Solisti Istriani.

Professora de órgão do Conservatório Regional de Ponta Delgada. Membro fundador, Directora Artística da Associação "Grupo Johann Sebastian Bach" para o estudo e a divulgação da Música Antiga, regente do "Coro Johann Sebastian Bach" e Directora Artística do Festival de Música Antiga de Ponta Delgada e do Festival de Órgão de Tubos de São Miguel. Regente do Orfeão Edmundo Machado de Oliveira. Participa regularmente nas temporadas anuais organizadas pela Direcção Regional da Cultura dos Açores.


Fontes:
- Programa do "V Festival de Música Antiga dos Açores" 2008.
- Facebook da intérprete (imagem)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008